sábado, 6 de setembro de 2008

6-O recém-nascido e os relacionamentos familiares

. O comportamento social começa bem cedo nas vidas dos seres humanos. Os bebês reagem às pessoas praticamente a partir do nascimento. Na verdade, se você começou o processo de vínculo com o contato da pele logo após o nascimento do seu bebê, deve ter percebido que ele certamente estava ciente da sua presença, tentando lhe alcançar. Os recém-nascidos são atraídos por rostos e gostam do som de vozes, especialmente vozes femininas. Logo os olhos do seu bebê começam a seguir os seus movimentos em uma sala e depois ele até vira a cabeça para lhe observar. Aos 3 ou 4 meses, o bebê reage feliz a pessoas sorrindo e sorri ao ver qualquer pessoa se aproximando. Assim, a interação social tem início. O bebê aprendeu a obter uma reação de outra pessoa. Ele até tenta lhe imitar quando você o encara, mostra a língua ou faz caretas. Um dia vai perceber que o bebê fica quieto se você fala ou canta ao se aproximar do berço. Não vai demorar muito até ele fazer um som para responder à sua voz.
2006 Publications International, Ltd.A família é o primeiro círculo social do bebê
Dos 5 aos 8 meses, ele aprende a ser "uma gracinha", como ganhar a atenção ao fingir tossir ou fazer algo que fez você rir em outra ocasião. Ele sabe a diferença entre pessoas familiares e estranhos e já pode ter medo de estranhos. Quando o seu bebê tem entre 8 meses e 1 ano, ele coopera nos jogos com canções e movimentos de dedos que você vem fazendo para agradá-lo. Logo ele vai adorar ter uma platéia e se deleitar ao fazer o sinal de "tchau" e outras coisas que chamam a atenção. Nesta página, vamos examinar as primeiras interações do recém-nascido com a família durante os primeiros anos de vida. Lembre-se de que bebês variam muito no seu desenvolvimento social. As faixas etárias indicadas são orientações, não há exigências absolutas.O primeiro grupo social: a famíliaA família que mora na mesma casa: mãe, pai, irmãos e alguém que cuide dele, caso o bebê tenha algum tipo de pessoa que faça isso, são o primeiro grupo social dele, um grupo sortudo e seleto. Todos vocês vão se superar para entreter e agradar o bebê, e nada os deixará tão estimulados como quando ele responder e reagir a vocês. Mas lembre-se de que a palavra-chave de todo o comportamento humano é "único". O seu nenê é tão diferente de todos os outros bebês do mundo quanto cada floco de neve é diferente dos outros. Palhaçadas que fazem o seu filho mais velho ou o bebê do vizinho rolarem de rir podem muito bem fazer esse novo bebê chorar e se assustar. Pegue a dica de seu filho: se ele se assusta fácil ou parece com medo dos seus sons altos, caretas ou movimentos repentinos, dê um tempo.Com cerca de um ano de idade, o bebê já é extremamente sociável. Ele adora fazer parte de qualquer reunião familiar e obviamente adora todo mundo. Ele fica feliz em sair com você quando tem que fazer compras ou resolver problemas, faz e recebe visitas sociais com você e aprecia bastante o simples fato de estar com você na casa. Vale tudo, na verdade, contanto que um membro da família esteja por perto.Mas isso vai mudar. O impulso rumo à independência sobre a qual você leu e ouviu acaba se tornando realidade e em algum momento quando estiver com cerca de 18 meses, o bebê parece perder a necessidade que tinha de você. Ela mal nota a sua presença no dia-a-dia, exceto quando você diz "Não". Andar, correr, subir as escadas, explorar e satisfazer sua curiosidade de tudo absorvem toda a atenção dele. De vez em quando, ele volta às suas antigas maneiras de mostrar carinho e brincar como um bebê, mas no geral, a criança dessa idade se concentra tanto nela mesma e no ambiente que os adultos parecem não existir por outro motivo que não seja satisfazer as suas necessidades. A exceção disso ocorre quando os problemas acontecem. Ninguém exceto a mamãe ou a babá pode lidar com um corte ou machucado ou fazer um brinquedo teimoso funcionar da maneira que deveria.A sociabilidade acaba voltando no momento certo, mas quando isso acontecer, o grupo social do bebê também vai incluir os coleguinhas de brincadeiras e outras pessoas de fora da família. Você nunca mais voltará a ser tão importante para ele como foi no primeiro ano, e é assim que tem que ser. Aprender a deixar as coisas acontecerem é uma das lições mais importantes para os pais.Ansiedade da separação e outros medosO amor assume muitas formas e o seu bebê muitas vezes pode mostrar amor ao resistir a qualquer tipo de separação de você. E isso é completamente natural. O seu bebê está ciente da total dependência que tem de você para sobreviver. Se você se ausentar, o medo vai dominá-lo. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, você não quebra a necessidade que o bebê tem de você ao forçar separações freqüentes ou longas. A verdade é que, quanto mais seguro ele se sentir com sua presença, abraçando, acariciando e confortando, mais confiante e sem medo ele vai ficar.Você vai perceber que algo que antes ele achava assustador, talvez o aspirador ou a lavadora de louças, não o faz ter o mesmo sentimento no conforto dos seus braços. Outros medos infundados vêm e vão repentinamente. Alguns dos mais comuns são o medo de cachorros e gatos, os fantasmas e monstros que aparecem à noite, sirenes de emergência, trovões e pessoas com roupas diferentes, como porteiros e freiras, ou com fantasias, como palhaços e o Papai Noel. Esses medos vão passar e ser esquecidos se ajudar o seu filho a superá-los.Caso o bebê pareça não conseguir ficar sem você nem mesmo por um único momento, entenda que essa é uma das fases pelas quais ele vai passar e faça o melhor que puder para conviver com ela. Não force um período prolongado no chiqueirinho ou um período de exercício no meio do chão da sala se o bebê parecer com muito medo de ficar no centro de todo esse espaço vazio. Não faça um bebê relutante ir para o colo de outra pessoa, mesmo se for um parente cujos sentimentos podem ser magoados pela rejeição. Deixe a porta do quarto dele entreaberta na hora de dormir e deixe-o seguro de que você está por perto ao fazê-lo ouvir sua voz de qualquer lugar da casa em que estiver. Tente não mostrar irritação com o que você sabe ser medo infundado porque isto deixa o bebê ainda mais inseguro. Não se preocupe com a possibilidade de mimar um bebê carente ou protegê-lo excessivamente ao evitar situações que sabe que irão deixá-lo com medo. Ele tem um impulso humano natural para ser maduro e independente.Muitos bebês relutam em ficar com suas babás. Quando a mãe sai do seu campo de visão, ela se foi, e crianças menores de um ano de idade ainda não conseguem racionalizar ou perceber que ela vai voltar. Alguns pais acreditam que simplesmente não devem deixar a criança nesse ponto, outros insistem que têm de sair e que tanto eles como os filhos vão aproveitar uma separação ocasional. Se você está no segundo grupo, a sua melhor escolha para uma babá é alguém que a criança conheça: a vovó ou algum outro parente costuma ser o ideal. Pode ser bom que uma babá que o bebê ainda não conheça venha visitá-lo uma ou duas vezes quando você também estiver em casa, de modo que os dois possam se tornar amigos antes dela começar a ficar sozinha com ele.Se não tiver outra escolha a não ser deixar um estranho no comando, peça que essa babá chegue com antecedência para poder conhecer o bebê enquanto você ainda está lá. Nunca saia escondidinho, concordam a maioria dos pais. Use um "tchau" normal, com beijo e aceno. Volte quando disse que voltaria, e defina o horário como "após a sua soneca", em vez de "às 3 da manhã", para uma criança que ainda não sabe medir as horas. Se deixar o bebê na casa da babá, mesmo se ela for uma vovó carinhosa e querida, certifique-se de levar o animalzinho de pelúcia ou cobertor favorito do bebê.Tendo os irmãos como primeiros amigosOs irmãos do seu bebê são os primeiros amigos dele. Com sorte, eles vão permanecer bons amigos pelo resto da vida. Mas o relacionamento nem sempre vai ser harmonioso e uma certa quantidade de rivalidade é normal e esperada. Primeiro, sua preocupação é ajudar o mais velho a lidar com o ciúmes de ser substituído. Para isto, envolva-o no trabalho de cuidar do bebê. Enquanto você ensina o mais velho a brincar com o bebê e a deixá-lo feliz, verá que o bebê também reage. O bebê exibe admiração pelas habilidades e feitos de crianças mais velhas e tem um prazer puro em ter a permissão de estar na companhia delas. Mais tarde, a criança mais nova pode ficar com ciúmes da mais velha por causa daquelas mesmas habilidades e feitos, mas sentem que não há nada como ter um irmão ou irmã mais velho para observar e amar.
Avós e avôs, tias e tiosO momento de começar um relacionamento de amor entre os avós e outros parentes mais velhos é o mais breve possível após o nascimento do seu filho. A maneira de manter relacionamentos tão maravilhosos é deixar o contato aberto e freqüente. O ideal é que a vovó ou vovô morem na mesma rua ou na vizinhança, e o mesmo vale para os outros parentes. Você compartilha feriados e as famílias costumam estar nas casas uns dos outros para visitas rápidas e refeições. Quando os bebês estiverem um pouco mais velhos, eles verão cada casa da família como parcialmente sua.Mas infelizmente, a maioria das famílias não vivem dentro de uma distância que permita visitas, e talvez nem mesmo morem no mesmo estado ou região do país. Algumas das pessoas que gostaria que estivessem por perto do seu filho podem vê-lo somente de vez em quando, nos momentos em que eles ou vocês viajam para visitas. Nessas visitas, a tarefa de ajudar a criança a se lembrar dos parentes e fazer com que os parentes e a criança se sintam próximos é sua. Mantenha os parentes informados sobre o crescimento do seu filho: cartas, telefonemas, fotos e gravações de vídeo e áudio ajudam. Mostre fotos dos parentes a ele, use os nomes deles freqüentemente e conte histórias sobre a sua infância para inclui-los.Um fato triste é que as visitas para lugares distantes podem ser extenuantes para os pais, filhos e parentes, além de insatisfatórias devido às expectativas altas demais e à proximidade excessiva durante um período de tempo curto demais. As rotinas são irritantes e o cronograma de atividades pode ser longo, pode não haver espaço o bastante na casa e nem horas no dia para ter a privacidade e o tempo sozinhos que todos precisam.Lidar com visitas familiares da maneira correta exige tempo, assim como reflexão e boa vontade. Diminuir um pouco as suas expectativas ajuda. Não espere que os avós e outros parentes achem seu filho e os seus métodos de educação perfeitos. Não pense nem por um minuto que em algum ponto durante a visita o seu filho não vai demonstrar hábitos feios e fazer coisas desagradáveis (porém normais) para a idade dele. Não pense que pode ir a todos os lugares, ver todas as pessoas e fazer tudo o que quer e acima de tudo, não se preocupe com a possibilidade de seus parentes mimarem seu filho. Um pouco de carinho, atenção extra e afrouxamento das regras podem deixar a visita mais especial e memorável.Entre 1 e 3 anos de idade, a criança já está pronta para dar o próximo passo social. Embora aprender a brincar de verdade com outras crianças leve algum tempo, ela quer ficar perto delas, mesmo que seja só como um observador. Ela aprende muito a partir da observação. Vá para a próxima página para saber sobre as interações sociais do seu filho com as outras crianças.

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